Mãe!

poster filme mãe!
título original: Mother!
gênero: Drama, Terror
duração: 2h 01 min
ano de lançamento: 2017
estúdio: Paramount Pictures
direção: Darren Aronofsky
roteiro: Darren Aronofsky
fotografia: Matthew Libatique
direção de arte: Philip Messina


Um casal vive isolado em um casarão no meio da natureza, ela passa seus dias restaurando a casa que foi atingida por um incêndio e ele tentando recuperar sua inspiração para escrever. Mas a rotina tranquila se transforma quando eles começam a receber visitantes inesperados.

Mãe! causou muito rebuliço na época em que foi lançado. Lembro bem de ver opiniões bem conflitantes entre quem tinha assistido: ou amavam ou odiavam. Eu sentia, pelo que tinha visto do trailer, que quando assistisse estaria neste segundo grupo.

Mas estamos falando de um filme de Darren Aronofsky, e ele é responsável por alguns dos meus filmes favoritos porém que mexem muito com o psicológico.

E é isso que você pode esperar desse filme. Não será uma obra que assistirá e ficará com medo, mas que será mentalmente exaustivo e poderá, sim, provocar alguns pesadelos depois.

A fotografia do filme é interessante, trabalha com cores e texturas que remetem quase a pinturas. Além disso, a escolha de muitos quadros fechados traz uma certa claustrofobia e intimidade com os personagens.

Não gosto muito da Jennifer Lawrence, acho que superestimam demais suas atuações e que ela já está começando a ficar sem expressões pelo botox. Ao contrário dela, Javier Bardem sempre consegue fazer tudo parecer natural e simples em suas atuações.

Agora vamos ao, polêmico, roteiro. Logo no começo estava achando tudo uma maluquice e comecei a desenvolver algumas teorias: ele ou ela estão delirando e esses hóspedes não existem, ela morreu no incêndio e é um fantasma que apenas ele vê, tudo é um pesadelo dela. Porém, a partir de um determinado momento comecei e pegar alguns simbolismos que me guiaram para o real sentido de tudo aquilo.

A partir de agora vou comentar algumas partes que acredito serem muito reveladoras e que é legal a pessoa, que ainda não assistiu, descubra por si mesma. Por isso estejam avisados: [SPOILER/]

Quando a personagem de Michelle Pfeiffer quebra o cristal me ativou algum gatilho que eu não conseguia entender o que era. Logo em seguida surgem seus filhos e um mata o outro, aí veio tudo à tona. Eles eram Caim e Abel, o casal era Adão e Eva e a pedra simbolizava a maçã do paraíso. A partir de então os simbolismos ficam muito mais claros, e alguns até grotescos [\SPOILER].

Talvez, por mais que eu não tenha gostado, ter assistido "El Topo" tenha me ajudado a entender a esse filme mais fácil. Talvez ter maratonado Lúcifer recentemente e lido a Bíblia ano passado também. Alguns mais religiosos podem até achar Mãe! uma heresia, eu achei uma metáfora muito interessante e bem construída.


CLASSIFICAÇÃO: ÓTIMO


Pôster e Ficha Técnica: IMDb

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