título original: Le salaire de la peur
gênero: Suspense, Aventura
duração: 2h 11 min
ano de lançamento: 1953
estúdio: Compagnie Industrielle et Commerciale Cinématographique (CICC)
direção: Henri-Georges Clouzot
roteiro: Georges Arnaud , Henri-Georges Clouzot, Jérôme Géronimi
fotografia: Armand Thirard
Em um vilarejo na América Central, grande parte de sua população vive de forma miserável, em condições desumanas e sem emprego. Quando ocorre um incêndio em um poço de petróleo, quatro deles conseguem empregos para conduzir caminhões que levarão nitroglicerina até o local, porém os veículos não tem a estrutura correta para tal carga e as estradas estão em péssimas condições.
O Salário Do Medo é o segundo filme de Henri-Georges Clouzot que assisto, ambos por estarem entre os "1001 filmes para ver antes de morrer", e já tenho um carinho imenso pelo diretor.
Antes de assistir, ao ver e ficha técnica tive uma certa preguiça - francês, da década de 1950 e com mais de 2 horas de duração, imaginei que fosse ser difícil. Porém, quando vi o nome do diretor e lembrei da experiência que tive com "As Diabólicas" criei esperança que poderia ser bom.
Para começar, é incrível como conseguem fazer um roteiro que, em sua metade quase, se passa dentro de boléias de caminhões andando bem devagar consiga prender a atenção. As mais de 2 horas passam voando mesmo tendo várias cenas longas em que ficamos assistindo, por exemplo, a roda do caminhão sair de um buraco em que caiu ou desatolar.
Todos os elementos que, em outras situações, fariam o filme ficar arrastado e cansativo, aqui ajudam a construir o suspense e a tensão. Também vemos, na forma de construir a tensão uma pitada de sadismo que, incomode o espectador ou não, é muito bem utilizada.
Além disso, o roteiro ainda faz uma forte crítica a ganância, a corrupção e ao capitalismo. Não só pelo andar da história mas também pelas ações e reações de seus personagens. E engana-se quem acha que pode ser interessante conhecer profundamente suas histórias individuais, o que importa é ver até que ponto são capazes de se vender e prejudicar o próximo em nome do dinheiro.
Tudo isso é ainda mais valorizado e engrandecido graças a grande expressividade dos atores, principalmente Yves Montand e Charles Vanel.
O Salário Do Medo é daqueles filmes que você começa não dando nada e acaba de assistir impressionado. Com certeza mereceu a Palma de Ouro e o Urso de Ouro que levou na época.
CLASSIFICAÇÃO: ÓTIMO
Pôster e Ficha Técnica: IMDb
gênero: Suspense, Aventura
duração: 2h 11 min
ano de lançamento: 1953
estúdio: Compagnie Industrielle et Commerciale Cinématographique (CICC)
direção: Henri-Georges Clouzot
roteiro: Georges Arnaud , Henri-Georges Clouzot, Jérôme Géronimi
fotografia: Armand Thirard
Em um vilarejo na América Central, grande parte de sua população vive de forma miserável, em condições desumanas e sem emprego. Quando ocorre um incêndio em um poço de petróleo, quatro deles conseguem empregos para conduzir caminhões que levarão nitroglicerina até o local, porém os veículos não tem a estrutura correta para tal carga e as estradas estão em péssimas condições.
O Salário Do Medo é o segundo filme de Henri-Georges Clouzot que assisto, ambos por estarem entre os "1001 filmes para ver antes de morrer", e já tenho um carinho imenso pelo diretor.
Antes de assistir, ao ver e ficha técnica tive uma certa preguiça - francês, da década de 1950 e com mais de 2 horas de duração, imaginei que fosse ser difícil. Porém, quando vi o nome do diretor e lembrei da experiência que tive com "As Diabólicas" criei esperança que poderia ser bom.
Para começar, é incrível como conseguem fazer um roteiro que, em sua metade quase, se passa dentro de boléias de caminhões andando bem devagar consiga prender a atenção. As mais de 2 horas passam voando mesmo tendo várias cenas longas em que ficamos assistindo, por exemplo, a roda do caminhão sair de um buraco em que caiu ou desatolar.
Todos os elementos que, em outras situações, fariam o filme ficar arrastado e cansativo, aqui ajudam a construir o suspense e a tensão. Também vemos, na forma de construir a tensão uma pitada de sadismo que, incomode o espectador ou não, é muito bem utilizada.
Além disso, o roteiro ainda faz uma forte crítica a ganância, a corrupção e ao capitalismo. Não só pelo andar da história mas também pelas ações e reações de seus personagens. E engana-se quem acha que pode ser interessante conhecer profundamente suas histórias individuais, o que importa é ver até que ponto são capazes de se vender e prejudicar o próximo em nome do dinheiro.
Tudo isso é ainda mais valorizado e engrandecido graças a grande expressividade dos atores, principalmente Yves Montand e Charles Vanel.
O Salário Do Medo é daqueles filmes que você começa não dando nada e acaba de assistir impressionado. Com certeza mereceu a Palma de Ouro e o Urso de Ouro que levou na época.
CLASSIFICAÇÃO: ÓTIMO
Pôster e Ficha Técnica: IMDb
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