gênero: Aventura, Fantasia
duração: 2h 21 min
ano de lançamento: 2019
estúdio: Lucasfilm
direção: J.J. Abrams
roteiro: J.J. Abrams, Chris Terrio, Derek Connolly, Colin Trevorrow, George Lucas
fotografia: Dan Mindel
direção de arte: Rick Carter, Kevin Jenkins
Um ano se passou após Os Últimos Jedi e o restante da resistência precisa, novamente, enfrentar a Primeira Ordem. Em paralelo, os membros de cada lato da luta precisam lidar com seus passados e dilemas. Neste fim definitivo, a batalha entre os Jedi e os Sith alcança sue clímax.
Com A Ascensão Skywalker vemos não somente o final desta terceira trilogia Star Wars, mas também da saga iniciada lá em 1977. E talvez aqui comece a revolta de alguns fãs.
Quero, antes de tudo, deixar claro algumas coisas. Talvez o fato de eu não ter pago para ir à pré-estreia (obrigada PrimePass!) tenha feito com que tenha ido ao cinema com menos necessidade de ser atendida enquanto cliente quanto quem pagou. Outro ponto é que, desde que a Disney assumiu a Lucasfilm, eu não crio mais expectativas de um roteiro que fuja muito da fórmula de final feliz.
Ainda assim, mesmo que não tivéssemos o estúdio do Mickey a jogada, as duas outras trilogias e os dois filmes anteriores dessa funcionaram a base da fórmula da jornada do herói, por quê este seria diferente?
Sim, o destino dos personagens são previsíveis e, até mesmo os pontos da trama que deveriam trazer reviravoltas, não surpreendem muito. Mas isso pois, como já disse, o filme segue a mesma fórmula que funcionou em todos os outros filmes da saga.
Por isso, indo com esse pensamento eu acredito que o filme atendeu ao que eu aguardava dele - que fosse puro e simplesmente um entretenimento com proporções épicas. Muitas cenas grandiosas, lutas bem coreografadas, personagens fofos e carismáticos, efeitos especiais e trilha sonora de primeira. Inclusive, o CGI de Carrie Fisher foi muito bem executado. Caso não soubesse de sua morte provavelmente acreditaria que era ela mesma.
Concordo com alguns comentários sobre esta conclusão ter sido muito próxima a dos finais de novela. Ainda assim, não tenho problemas com o formato, e conhecendo o estilo da Disney dificilmente seria diferente. Entretanto, a forma como os protagonistas se envolvem em problemas sem saída que miraculosamente se resolvem, e como isso se repete exaustivamente, pode ser cansativo e desconstruir as possíveis surpresas que desejavam apresentar.
Digamos então que a minha falta de insatisfação - mas também não satisfação completa - talvez seja por não ter criado esperanças de que seria um final surpreendente. Ainda assim, continuo achando esta última trilogia melhor do que a dos episódios I, II e III e penso que A Ascensão Skywalker foi construído principalmente embasado em uma nostalgia, buscando uma zona de conforto mais do que revolucionar a saga.
Tendo tudo isso dito, daqui para baixo irei comentar cenas específicas e não recomendo para quem ainda não assistiu.
[SPOILERS/]
Começarei pela Friendzone construída para Finn, completamente desnecessária para a trama. Além de não adicionar nada à história e não ser concluída, ainda tentam construir supostos envolvimentos com Rose e Jannah que não levam a lugar algum.
Seguindo, tendo em vista a morte de Carrie Fisher, estava curiosa com como seria a morte de Leia. Alguns podem ver como piegas, e até pode ser, porém - tendo em vista toda a complicação da vida real - acredito que foi um destino justo e bonito seu sacrifício pela redenção de Kylo.
Ainda seguindo nesse núcleo familiar, a aparição de Han Solo - também muito fan service - foi talvez o único momento do filme que me emocionou. Principalmente por se repetir o famoso diálogo dele com Leia, dessa vez entre ele e o filho.
Palpatine afirma que se Rey o matar ela receberá as forças dos Sith. Ela o mata mesmo assim e não recebe? O que aconteceu? Depois dele sugar as energias dela e Kylo essa possibilidade se desfez? Ficou sem sentido e parece que tudo bem para os roteiristas.
Por fim, talvez a cena que tenha dado mais polêmica (pelo menos na sala onde estava muitos ficaram revoltados). O beijo entre Rey e Kylo. Pode ter sido desnecessário ou mais uma dose de fan service? Sim, e não tiro a razão dos que ficaram incomodados. Entretanto, Daisy Ridley e Adam Driver, desde o primeiro filme, fizeram um trabalho incrível de construção de uma tensão sexual entre seus personagens que praticamente era possível cortar com uma faca. Dessa forma, acredito que era difícil fugir de algo próximo a isso. Só não foram cenas mais picantes pois não cabem na saga, mas tenho certeza que alguma fanfic vai se encarregar disso.
[\SPOILERS]
CLASSIFICAÇÃO: BOM
Poster e Ficha Técnica: IMDb
Comentários
Postar um comentário