título original: A star is born
gênero: Romance, Drama
duração: 2h 16min
ano de lançamento: 2018
estúdio: Warner Bros. Pictures
direção: Bradley Cooper
roteiro: Eric Roth, Bradley Cooper, Will Fetters, Moss Hart, John Gregory Dunne, Joan Didion, Frank Pierson, William A. Wellman, Robert Carson
fotografia: Matthew Libatique
direção de arte: Karen Murphy
Jackson Maine é um cantor experiente, porém passando por uma crise em sua carreira. Ele conhece a inexperiente artista Ally e, além de se apaixonarem, vê na moça um grande potencial. A carreira dela decola, porém o relacionamento deles passa por dificuldades por conta do alcoolismo da Jack.
Minha primeira questão com esse filme é: por que refilmar essa história pela terceira vez? É a quarta versão de um mesmo filme que teve sua história original em 1937 e depois remakes em 1954 e 1976. As histórias têm suas diferenças nas características dos personagens - algumas coisas precisam evoluir, não é mesmo? - e em alguns deles a personagem principal se mantém fiel as suas origens, enquanto nesse Ally se deixa levar pela indústria da música, mas em todos se mantêm o problema do alcoolismo de Jack, a cena da premiação e o desfecho trágico.
Um ponto que merece destaque nessa produção são as cenas dos shows, cuidadosamente produzidos e filmados em festivais reais de música, trazendo a veracidade necessária a esse tipo de cena (Bohemian Rhapsody poderia ter usado a mesma estratégia).
A trilha sonora também é bem construída e a música principal, Shallow, merece a indicação recebida no Oscar por Melhor Canção Original.
Quanto às atuações, Bradley Cooper passa honestidade em sua atuação, é crível seu sofrimento, seu vazio emocional e seus problemas pessoais com família, fama e álcool, indicação justa. Agora, Lady Gaga, me desculpem os fãs da cantora, mas ela deveria ficar na área que já é consagrada. Não considero justa sua indicação e todo o furor sobre a atuação, ela não mantém uma constância no personagem, seus rompantes de raiva não são bem construídos, parecendo sempre vir de forma inesperada e incoerentes com a personalidade da personagem. Além do que, a quantidade de procedimentos estéticos em seu rosto prejudica, em muito, a atuação - em muitos momentos percebe-se o esforço da expressão que não aparece como deveria.
Outro ponto alto é ver o alívio cômico, por mais rápido que seja, nas mãos das drags Shangela e Willam, ex-participantes do reality RuPaul Drag's Race.
É um filme emotivo, que provavelmente levará muitos às lagrimas em certo ponto e que vale ser visto como um entretenimento, porém - até o momento - o termômetro do Oscar está me parecendo bem morno com indicações de filmes não tão memoráveis.
CLASSIFICAÇÃO: BOM
Poster e Ficha Técnica: IMDb
gênero: Romance, Drama
duração: 2h 16min
ano de lançamento: 2018
estúdio: Warner Bros. Pictures
direção: Bradley Cooper
roteiro: Eric Roth, Bradley Cooper, Will Fetters, Moss Hart, John Gregory Dunne, Joan Didion, Frank Pierson, William A. Wellman, Robert Carson
fotografia: Matthew Libatique
direção de arte: Karen Murphy
Jackson Maine é um cantor experiente, porém passando por uma crise em sua carreira. Ele conhece a inexperiente artista Ally e, além de se apaixonarem, vê na moça um grande potencial. A carreira dela decola, porém o relacionamento deles passa por dificuldades por conta do alcoolismo da Jack.
Minha primeira questão com esse filme é: por que refilmar essa história pela terceira vez? É a quarta versão de um mesmo filme que teve sua história original em 1937 e depois remakes em 1954 e 1976. As histórias têm suas diferenças nas características dos personagens - algumas coisas precisam evoluir, não é mesmo? - e em alguns deles a personagem principal se mantém fiel as suas origens, enquanto nesse Ally se deixa levar pela indústria da música, mas em todos se mantêm o problema do alcoolismo de Jack, a cena da premiação e o desfecho trágico.
Um ponto que merece destaque nessa produção são as cenas dos shows, cuidadosamente produzidos e filmados em festivais reais de música, trazendo a veracidade necessária a esse tipo de cena (Bohemian Rhapsody poderia ter usado a mesma estratégia).
A trilha sonora também é bem construída e a música principal, Shallow, merece a indicação recebida no Oscar por Melhor Canção Original.
Quanto às atuações, Bradley Cooper passa honestidade em sua atuação, é crível seu sofrimento, seu vazio emocional e seus problemas pessoais com família, fama e álcool, indicação justa. Agora, Lady Gaga, me desculpem os fãs da cantora, mas ela deveria ficar na área que já é consagrada. Não considero justa sua indicação e todo o furor sobre a atuação, ela não mantém uma constância no personagem, seus rompantes de raiva não são bem construídos, parecendo sempre vir de forma inesperada e incoerentes com a personalidade da personagem. Além do que, a quantidade de procedimentos estéticos em seu rosto prejudica, em muito, a atuação - em muitos momentos percebe-se o esforço da expressão que não aparece como deveria.
Outro ponto alto é ver o alívio cômico, por mais rápido que seja, nas mãos das drags Shangela e Willam, ex-participantes do reality RuPaul Drag's Race.
É um filme emotivo, que provavelmente levará muitos às lagrimas em certo ponto e que vale ser visto como um entretenimento, porém - até o momento - o termômetro do Oscar está me parecendo bem morno com indicações de filmes não tão memoráveis.
CLASSIFICAÇÃO: BOM
Poster e Ficha Técnica: IMDb
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