gênero: Documentário, Guerra
duração: 4h 11min
ano de lançamento: 1969
estúdio: Télévision Rencontre
direção: Marcel Ophüls
roteiro: Marcel Ophüls, André Harris
fotografia: André Gazut, Jürgen Thieme
De 1940 a 944 a cidade de Vichy, na França, colaborou ativamente com os nazistas. Através de entrevistas com oficiais alemães e com membros da resistência francesa, recebemos um panorama desse período naquela região.
O que mais chama a atenção em A Tristeza E A Piedade é a forma como o diretor conduz perguntas difíceis e espinhosas a todo tipo de pessoa que morava na região naquela época, de camponeses a nobres, de colaboradores dos nazistas a quem estava na resistência.
Isso mostra muita contradição em algumas respostas e uma certa vergonha de alguns atos. Logo após as revoltas de 1968, é interessante ver Marcel Ophüls cutucar uma ferida do país, que foi ocupado, mas que contou com muitas colaboração também por parte de sua população. Justifica bastante aqui estar entre os "1001 filmes para ver antes de morrer", sua importância enquanto documento histórico e político de um país.
Porém, A Tristeza E A Piedade precisava realmente ter mais de 4h de duração? Confesso que isso deixou a experiência bem difícil, mesmo dividindo o filme em duas partes e assistindo em dois dias.
Talvez o fato de só ter encontrado disponível legendas desencontradas também prejudicou a experiência. Também, como foi produzido para a TV que, depois, se recusou a passar, a ideia a princípio fosse ser uma série e, ao migrar para o cinema, acabou precisando se adaptar.
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