gênero: Drama, Biografia
duração: 2h
ano de lançamento: 1985
estúdio: Lucasfilm
direção: Paul Schrader
roteiro: Paul Schrader, Chieko Schrader, Leonard Schrader, Jun Shiragi, Yukio Mishima
fotografia: John Bailey
direção de arte: Eiko Ishioka
Mishima: Uma Vida Em Quatro Tempos relata a vida do escritor Yukio Mishima, tido como o mais importante escritor japonês do século XX.
A escolhe em ter uma narrativa que cruza flashbacks do passado do protagonista com o "presente" do seu ato final, mais dramatizações de três obras suas é bem interessante. Para quem não conhecia nada do autor, como eu, pode parecer um pouco confuso a princípio, mas depois engata.
É curioso observar como nas obras retratadas, seus protagonistas espelham muitas caraterísticas do autor. Esteticamente acredito que essas cenas são as mais bonitas, abusando de cores e experimentações um pouco mais ousadas para uma biografia.
Eu precisei ler um pouco sobre o escritor para poder escrever sobre o filme, o que, para mim, já valida a presença de Mishima: Uma Vida Em Quatro Tempos entre os "1001 filmes para ver antes de morrer" pela curiosidade que ele provoca.
Parece que o autor foi uma figura um tanto quanto excêntrica, que não separava vida de arte e tinha uma certa obsessão pela morte. Ainda que tenha aberto espaço para a abordagem de temas polêmicos, como homossexualidade e divórcio, na literatura japonesa, Mishima tinha uma postura bem conservadora em relação a cultura japonesa e criticava a ocidentalização do país.
Tanto que criou um grupo paramilitar nacionalista e se suicidou seguindo a tradição samurai. Chega a ser irônico ver essa figura, que se arrependia de não ter ido pra Segunda Guerra e morrido heroicamente defendendo seu país, ser retratado em um filme produzido por norte-americanos.
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