gênero: Drama, Guerra
duração: 2h 05min
ano de lançamento: 1986
estúdio: Warner Bros.
direção: Roland Joffé
roteiro: Robert Bolt
fotografia: Chris Menges
direção de arte: Stuart Craig
Século XVIII, América do Sul. Mendonza, um mercenário e traficante de escravos, em um acesso de ciúmes mata o irmão. Para se penitenciar ele decide se juntar a Gabriel, um jesuíta que comanda uma missão em meio a selva. Porém, eles terão de enfrentar interesses econômicos.
A Missão se passa na tríplice fronteira, próximo as Cataratas do Iguaçu. É lógico que incomoda ver uma história sul americana contada em inglês, também é problemática o lugar de "mocinhos" que os jesuítas são colocados.
Mas é engraçado ver os gringos no Letterbox dizendo que a história é fraca, como o pertencimento nos faz ter leituras completamente diferentes. A parte boa de ver uma história nossa ser contada por Hollywood é ela ganhar o tamanho épico que merece. Sim, tem incongruências histórias? Tem. Como qualquer filme baseado em fatos reais.
O roteiro mostra parte da nossa colonização e o impacto que isso teve nos povos originários, não só em seu genocídio, mas também na conversão forçada ao catolicismo e aos moldes de vida europeus. Em dado momento um dos personagens, em off, diz que tenha a impressão que eles estariam melhor se nem com os jesuítas tivessem tido contato.
Os personagens também são bem desenvolvidos, tanto que conseguimos passar do ódio para a empatia e até mesmo torcer por Mendonza, personagem de Robert De Niro.
Por fim, A Missão contou com uma trilha sonora excepcional de Ennio Morricone e ainda nos presenteia com uma fotografia exuberante, muito favorecida pela locação, obviamente, - só os primeiros 10 minutos de filme com o padre sendo jogado crucificado na cachoeira já mostra que o filme promete.
CLASSIFICAÇÃO: ÓTIMO
Pôster e Ficha técnica: IMDb
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