gênero: Drama, Romance, Guerra
duração: 2h 51min
ano de lançamento: 1993
estúdio: Beijing Film Studio
direção: Kaige Chen
roteiro: Pik-Wah Lee, Wei Lu
fotografia: Changwei Gu
direção de arte: Yuhe Yang, Zhanjia Yang
Pequim, 1925. Uma academia de artes ensina interpretação de forma rigorosa a jovens pobres e sem lar. Douzi, filho de uma prostituta é deixado lá e logo é protegido por Shitou, de onde nasce uma grande amizade. Já adultos, eles se tornam grandes atores da Ópera de Pequim. Quando Shitou se apaixona por uma prostituta e o Japão invade Pequim, a amizade dos dois será posta à prova.
Adeus, Minha Concubina foi o primeiro ganhador da Palma de Ouro de Cannes após a reabertura da Academia Cinematográfica de Pequim.
Levando em conta que isso ocorre abordando temas delicados, como a Revolução Cultural e a homossexualidade, em um cenário ainda assombrado pela censura, o filme ganha ainda mais valor. Poderia dizer que só por isso já merece estar entre os "1001 filmes para ver antes de morrer".
Mas para além disso, o roteiro consegue ser direto ao contar a história da China por cerca de 50 anos - sinto que me faltou mais conhecimento histórico para aproveitar esses relatos. Em meio a isso temos o conflito entre as tradições culturais com a transformação política do país.
Por outro lado temos uma valorização da arte feita na Ópera de Pequim em seus mínimos detalhes, figurino, interpretação, maquiagem. As cenas que incluem trechos de apresentações são mágicas. Mas para além disso, toda a direção de arte e fotografia foi feita com muita delicadeza e pensada nos mínimos detalhes.
E ainda, dentro desse cenário macro, acompanhamos um drama íntimo dos protagonistas. Essa amizade que cruza a linha entre o amor fraterno e o amor sexual, feitos de uma forma não explícita, mas onde tudo é falado através do não dito.
Por fim, Leslie Cheung ainda nos entrega uma atuação contida, andrógina e hipnotizante.
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