gênero: Drama, Romance
duração: 1h 55 min
ano de lançamento: 1949
estúdio: Paramount Pictures
direção: William Wyler
roteiro: Ruth Goetz, Augustus Goetz, Henry James
fotografia: Leo Tover
direção de arte: Harry Horner
Catherine, uma insossa jovem herdeira fadada a ficar solteira, se apaixona or um belo rapaz. Mas seu pai suspeita que ele seja apenas um caçador de fortunas.
Tarde Demais, se olhado de forma superficial, pode parecer apenas um novelão. Sim, tem muita coisa clichê e os diálogos podem parecer um pouco melodramáticos demais em alguns momentos.
Mas existem pontos que chamaram minha atenção aqui para além disso.
A preocupação do pai com que a filha seja enganada em parte é culpa dele próprio, que sempre a colocou em um lugar de inferioridade e ajudou a minar sua autoestima e personalidade. Essa relação ruim com a única figura masculina em sua vida, acaba refletindo na aceitação sem critérios de qualquer amor masculino que lhe apareça.
O quanto isso diz ainda sobre os dias atuais? Sobre quanto as mulheres seguem sendo divididas entre as "para casar" ou não? Sobre o peso que há na vida de uma mulher ter um relacionamento para ser considerada bem sucedida?
Deixando de lado os devaneios que o enredo me trouxe, o que mais me faz apoiar que Tarde Demais esteja entre os "1001 filmes para ver antes de morrer" é a atuação de Olivia de Havilland. A transformação que a personagem passa de uma garota insegura, sonsa e iludida para uma mulher rancorosa e vingativa é tão impressionante que até suas feições parecem mudar.
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