Barbie

poster filme barbie
título original: Barbie
gênero: Comédia, Fantasia
duração: 1h 54 min
ano de lançamento: 2023
estúdio: Warner Bros.
direção: Greta Gerwig
roteiro: Greta Gerwig, Noah Baumbach
fotografia: Rodrigo Prieto
direção de arte: Sarah Greenwood


Na Barbielândia, a Barbie Estereotipada começa a ter pensamentos estranhos e não se sentir mais parte daquele lugar. Ela busca ajuda com a BarbieEstranha que a orienta a ir para o mundo real para consertar sua linha do tempo. Lá, ela descobre que a vida pode ser bem diferente do que está acostumada.

Quando começaram os boatos que seria feito um live action de Barbie, eu achei desnecessário. Quando divulgaram o elenco, não entendi como atores tão renomados aceitaram embarcar nessa. Quando saiu o trailer, tudo fez mais sentido e fiquei bem curiosa em assistir.

Começo pelo ponto de que: a classificação é para maiores de 12 anos. Levem isso a sério. Na minha opinião, eu até subiria mais essa classificação.
 
O único palavrão que existe no filme é coberto por um aviso sonoro, as piadas de duplo sentido não são nada que já não se tenha visto nos filmes da Pixar, não há cenas de violência ou sexo. Mas o conteúdo é denso demais para crianças - não é só que elas não irão entender, ficarão entediadas.

Dito isso, entendo que o enredo foi feito visando as mães, que brincaram de Barbie quando crianças e estão vendo agora suas filhas passarem dessa fase. É sobre o vínculo entre mulheres, sobre seus sonhos, sobre a realidade que as cerca e as impede muitas vezes de serem quem sonhavam ser quando brincavam de boneca.

É divertido ver o núcleo Ken representando as idiotices do patriarcado? Demais. O filme se trata de uma "doutrinação feminista"? Nem de perto. Inclusive, quem prestar bem atenção entenderá que o filme de certa forma critica os excessos da militância. Mas se tem gente ficando incomodada, é porque vestiu a carapuça em algum momento, e isso é muito bom.

Outro ponto que reforça como esse filme é para as mães são as referências as propagandas antigas da Mattel e a bonecos que saíram de linha há muito tempo.
 
Falando em Mattel, claramente o filme foi feito pensando em um rebranding da marca. Um pouco arriscado, se pensarmos nas críticas feitas ao alto escalão composto apenas por homens e como eles são retratados como um grupo de "vilões idiotas", mas que funcionou - apesar de ser um núcleo um pouco dispensável na história.

Um elemento que também achei que não fez tanta diferença n filme foram os números musicais. São bonitos, mas um pouco longos, cansativos e não agregam nada à trama.

Por outro lado, a direção de arte e o figurino estão simplesmente impecáveis, cheios de referências e extremamente detalhistas, são de encher os olhos. E, sobre referências, o filme já começa com uma maravilhosa a "2001 - uma odisséia no espaço" (o que já deixa claro que não é um filme para crianças), tem também referência a "Matrix" e várias outras. 

E, por fim Margot Robbie e Ryan Gosling entregam tudo nos papéis da Barbie e do Ken. Sem contar que o elenco traz uma diversidade maravilhosa.

O discurso de "não ser sobre vender bonecas" não convence, mas Barbie vale todo o burburinho que está gerando.


CLASSIFICAÇÃO: ÓTIMO


Pôster e Ficha Técnica: IMDb



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