Ondas Do Destino

título original: Breaking the Waves
gênero: Drama
duração: 2h 39 min
ano de lançamento: 1996
estúdio: Argus Film Produktie
direção: Lars von Trier
roteiro: Lars von Trier, Peter Asmussen, David Pirie
fotografia: Robby Müller
direção de arte: Karl Júlíusson


Bess é uma moça com uma leve deficiência mental que vive em uma comunidade regida de forma rígida pelos anciãos que controlam a igreja local. Quando ela decide se casar com um homem de fora da comunidade isso é visto com maus olhos. Juntos ela descobre o sexo, o que mudará o destino de sua vida após um grave acidente.

Ondas Do Destino é dirigido por Lars Von Trier, diretor que me gera uma certa preguiça de assistir pois tem uma tendência a querer ser polêmico demais para o meu gosto. Dito isso, que já fique claro que eu começo a ver seus filmes sempre com um pé atrás.

Não diferente de seu padrão, esse filme extrapola nas cenas explícitas de nus e sexo. Precisava de tanto? Acredito que não. Fazem sentido para o enredo, sim.

Na história vemos o dogma religioso sendo questionado com voracidade. A forma como a protagonista segue cegamente sua crença religiosa e depois migra essa postura fanática para o sexo, ainda que crendo no uso dele como ferramenta de um milagre - a ponto de se entregar tanto a sua crença que se esvai - é o ponto alto do filme.

Mais interessante ainda é a conclusão do filme, que até ali nos conduziu a vê-la como uma tola, e nos faz questionar se realmente sua devoção teve o efeito que esperava.

O engraçado é ver o diretor fazer um filme onde questiona os dogmas para, logo em seguida, participar de um manifesto que encorajava os dogmas (mas falarei sobre isso no filme que irei postar amanhã).
Ondas Do Destino é mais longo do que precisava, tem cenas incômodas, é difícil de assistir e digerir, mas a proposta por traz faz entender porque está entre os "1001 filmes para ver antes de morrer".


CLASSIFICAÇÃO: REGULAR


Pôster e Ficha Técnica: IMDb