gênero: Drama, Musical
duração: 2h 20 min
ano de lançamento: 2000
estúdio: Zentropa Entertainments
direção: Lars von Trier
roteiro: Lars von Trier, Sjón
fotografia: Robby Müller
direção de arte: Karl Júlíusson
Selma é uma mãe solo com uma doença hereditária que a está deixando cega. Buscando que isso não corra com o filho, ela trabalha o máximo possível para guardar dinheiro para a operação. Porém, uma sequência de eventos trágicos atrapalharão seus planos.
Dançando No Escuro segue, em partes, o Dogma 95 que citei ontem, pelo menos nas cenas das histórias reais da personagem. Ele escapa completamente das próprias normas quando o filme vai para o mundo dos sonhos musicais da protagonista.
Como qualquer filme de Lars von Trier, acompanhamos um roteiro viceral, que nos choca e machuca profundamente. O que mais me incomoda aqui são as decisões finais da protagonista, que em qualquer outro cenário seriam diferentes, mas para seguir sua linha de carga extra emocional acaba caindo em um lugar um tanto novelesco.
Por outro lado temos as cenas fantasiosas de números musicais. Enquanto filme do Lars, acho que a trilha de Björk combina muito; mas nenhuma das músicas da trilha sonora tem o mais importante para um musical: o elemento que gruda na cabeça. O ponto positivo é o uso dos sons mecânicos para o desenvolvimento das músicas.
Além disso as coreografias e a forma como são filmadas não se encaixam ao seu cenário, soando mais como se o diretor quisesse caçoar do estilo de filme musical do que realmente fazer algo do gênero. Se era essa a intenção, alcançou com êxito.
Dançando no Escuro está entre os "1001 filmes para ver antes de morrer". Eu só não sei se por fazer parte do Dogma 95 ou só por ser um filme que arranca seu coração com as unhas e pisa em cima.
CLASSIFICAÇÃO: REGULAR
Pôster e ficha Técnica: IMDb
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