Che: O Argentino e Che: A Guerrilha

poster filme che o argentino
título original: Che: Part One
gênero: Drama, Guerra, Biografia
duração: 02h 14min
ano de lançamento: 2008
estúdio: Wild Bunch
direção: Steven Soderbergh
roteiro: Peter Buchman, Ernesto 'Che' Guevara
fotografia: Steven Soderbergh
direção de arte: Antxón Gómez







título original: Che: Part Two
gênero: Drama, Guerra, Biografia
duração: 02h 15min
ano de lançamento: 2008
estúdio: Wild Bunch
direção: Steven Soderbergh
roteiro: Peter Buchman, Benjamin A. van der Veen, Ernesto 'Che' Guevara
fotografia: Steven Soderbergh
direção de arte: Antxón Gómez


Fidel Castro reúne um grupo de rebeldes e parte para Cuba de barco em busca de derrubar a ditadura de Fulgencio Batista. Entre eles está o médico argentino Ernesto Guevara que acaba se mostrando uma figura importante na organização da guerrilha armada.

Após a Revolução Cubana, Che parte para a Bolívia, junto a um grupo de rebeldes cubanos e bolivianos, em busca de iniciar a grande revolução latino-americana, sem conseguir apoio dos camponeses locais, o movimento está fadado ao fracasso.

Decidi falar de Che: O Argentino e Che: A Guerrilha em um único texto pois entendo que eles foram pensados juntos e são, de certa forma, uma única história - a vida, enquanto guerrilheiro, e a morte de Che Guevara.

Ainda assim, acho que os dois filmes seguem linhas bem diferentes de execução.

Enquanto em Che: O Argentino vemos a ascensão de Che ao posto de símbolo e a vitória de seus ideais, em Che: A Guerrilha vemos a derrocada tanto de seus planos quanto dele próprio. O mais interessante é perceber como o protagonista vê os latinos americanos como uma unidade, enquanto cada povo e região recebe suas propostas de formas diferentes.

Mas o que difere mais entre os dois filmes é a condução da história.

Em Che: O Argentino temos a história contada de dois pontos, durante as ações da guerrilha em paralelo as entrevistas e participação de Che na ONU após a revolução instaurada. A escolha de retratar essa última parte em um formato mais documental foi muito acertada e traz uma estética coerente ao filme.

Já em Che: A Guerrilha não temos transição entre momentos diferentes e, com um intuito de ser mais imersivo na personalidade e atitudes do protagonista, acabamos tendo um filme mais introspectivo e lento - o que para uma produção histórica com mais de 2h de duração acaba fazendo com que essa segunda parte seja mais cansativa.
 
No todo, ainda que talvez trazendo uma visão um tanto idealista de Ernesto Che Guevara, acredito se rum bom registro histórico para entender o porquê ele ainda é tão idolatrado até os dias atuais.

Além disso, temos uma entrega impressionante de Benicio Del Toro a seu papel - com destaque especial a caracterização que o deixou visualmente muito parecido com seu personagem. E ainda temos a participação, ainda que pequena mas ainda assim especial, de Rodrigo Santoro como Raul Castro.

Não recomendo fazer como eu e assistir os dois em um único dia, mas Che: O Argentino e Che: A Guerrilha cumprem seu papel e são produções que contam de forma intimista parte da história latino americana.


CLASSIFICAÇÃO: BOM


Pôster e Ficha Técnica: IMDb e IMDb




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