gênero: Drama
duração: 02h 23 min
ano de lançamento: 1952
estúdio: Toho Company
direção: Akira Kurosawa
roteiro: Akira Kurosawa, Shinobu Hashimoto, Hideo Oguni
fotografia: Asakazu Nakai
direção de arte: Takashi Matsuyama
Watanabe, um funcionário da prefeitura, segue sua rotina burocrática e tediosa há 30 anos da mesma forma. Quando ele descobre um câncer, decide ir atrás de um sentido para sua vida.
Ainda que a história de Viver seja sobre a morte, o que vemos é uma ode à vida. O enredo deixa claro desde o princípio sobre a necessidade de termos consciência de nossa finitude para realmente vivermos de forma plena.
A história é animadora e comovente mas, sua divisão em alguns atos, nos faz deparar com um último ato cheio de esperança de que as ações de Watanabe tocaram a vida de outras pessoas - para depois os vermos seguindo exatamente os mesmos passos. De verdade espero que essa conclusão leve a todos que assistem a refletirem e agirem de forma diferente.
Tudo isso é ainda mais valorizado pela expressividade de Takashi Shimura, que com poucas palavras consegue mostrar todos seus sentimentos apenas com sua expressão corporal impressionante.
Um ponto a parte que me chamou a atenção é o choque de imagens entre o protagonista, preso na rotina e na mesmice, percorrendo uma Tóquio totalmente transformada por conta da influência estadunidenses pós guerra.
Até hoje não tinha conseguido construir uma boa relação com os filmes de Akira Kurosawa, em sua maioria épicos samurais que não fazem muito meu estilo. Mas Viver me mostrou outra faceta do diretor que me agrada muito mais. Ainda bem que o "1001 filmes para ver antes de morrer" me trouxe essa oportunidade.
CLASSIFICAÇÃO: ÓTIMO
Pôster e Ficha Técnica: IMDb
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