O Piano

título original: The Piano
gênero: Romance, Drama
duração: 2h 01 min
ano de lançamento: 1993
estúdio: CiBy 2000
direção: Jane Campion
roteiro: Jane Campion
fotografia: Stuart Dryburgh
direção de arte: Andrew McAlpine


Era vitoriana, Nova Zelândia. Ada, uma mulher muda, chega à ilha com sua filha e seu piano para viverem com seu novo marido. A relação entre eles não vai bem, principalmente depois que ele vendeu seu piano ao vizinho, George, em troca de aulas. Ela aceita com a promessa de ter seu piano de volta, mas o relacionamento deles começa a sair do esperado.

O Piano é o tipo de filme que precisa se ver com os olhos da época em que passa para não corrermos o risco de problematizar o que deve ser visto de outra forma.

A situação da personagem principal, visto com os olhos de hoje, pode ser enxergado como um abuso. Porém, se pensarmos nas situações da época, ainda que cruéis, uma mulher muda utilizar do que tem a seu dispor para reconquistar sua ferramenta de expressão - algo tolhido naquele período, acaba por ser até mesmo um tanto revolucionário.

A fotografia é linda, contrastando muito bem a selva e a civilização. Porém, algo que me incomodou bastante foi o retrato do povo maori como um bando de imbecis.

Apesar disso, foi curioso ver Harvey Keitel como um quase sexy symbol e impressionante a atuação de Holly Hunter, que passou suas emoções sem abrir a boca, e da pequena Anna Paquin - não por acaso levou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por isso.

O Piano tem seus problemas, mas no todo acaba sendo uma experiência interessante. Mais um vindo do "1001 filmes para ver antes de morrer" que acredito merecer esse lugar.


CLASSIFICAÇÃO: ÓTIMO


Pôster e Ficha Técnica: IMDb