Medidas Extremas

título original: Extreme Measures
gênero: Suspense
duração: 1h 58 min
ano de lançamento: 1996
estúdio: Castle Rock Entertainment
direção: Michael Apted
roteiro: Michael Palmer, Tony Gilroy
fotografia: John Bailey
direção de arte: Doug Kraner


Guy é um médico inglês que trabalha na emergência de um hospital em NY. Após atender um morador de rua, ele fica intrigado com os sintomas que o levaram a óbito - mais ainda quando seu corpo e a autópsia somem. Ao tentar descobrir o que aconteceu ele acaba se envolvendo onde não deveria.

Medidas Extremas é um filme, esteticamente, bem anos 1990. A fotografia, a escolha de enquadramentos, a trilha sonora, tudo remete a década. E isso poderia deixá-lo datado, mas nem tanto.

Isso porque o roteiro ainda é muito atual. Ao nos depararmos com o custo do progresso científico e a ética e moral dentro da medicina recebemos um debate ainda muito vivo e interessante.

O personagem de Hugh Grant claramente tem seus conflitos morais e, por outro lado, os argumentos levantados pelo personagem de Gene Hackman são sedutores - ainda que extremamente higienistas. O enredo nos conduz para uma lição de moral no final, necessária, mas que acaba esfriando um pouco as reviravoltas da trama.

Vou dizer um pouco mais sobre como o roteiro poderia ser mais interessante no trecho abaixo (mas não é o pensamento que concordo na vida real).

[SPOILER/] Caso Guy tivesse realmente ficado tetraplégico teríamos um conflito muito interessante dele ter de escolher o que é certo ou ceder aos vilões e ter a chance de recuperar sua vida. Mesmo se isso não acontecesse, logo no começo ele dá sinais de não respeitar muito a ética médica, então faria sentido ele acabar cedendo aos argumentos do antagonista. [\SPOILER]

Mas se um desses caminhos fosse seguido o final, ainda que mais potente, seria mais dolorido. Medidas Extremas preferiu seguir pelo correto e talvez, mais bem visto comercialmente.


CLASSIFICAÇÃO: BOM


Pôster e Ficha Técnica: IMDb