gênero: Drama, Fantasia
duração: 1h 44 min
ano de lançamento: 1946
estúdio: The Archers
direção: Michael Powell, Emeric Pressburger
roteiro: Michael Powell, Emeric Pressburger
fotografia: Jack Cardiff
direção de arte: Alfred Junge
June consegue contato pelo rádio com o avião de Peter, que está caindo, nos poucos momentos em que conversam eles se apaixonam. Ele salta sem para-quedas e, milagrosamente, sobrevive, indo em busca de sua amada logo em seguida. Porém, logo descobre que foi um engano e que deveria ter morrido. Ele precisará, então, provar a uma corte celestial que merece ter mais tempo no mundo terreno.
Parece que Neste Mundo e No Outro foi planejado como um filme propaganda para tentar melhorar o clima entre EUA e Inglaterra no pós guerra, mas ele conseguiu ir além disso.
Sua fantasia não traz apenas questões sobre a vida e morte, mas também sobre o amor, as relações entre os povos e a bondade humana. Ao levar um júri aos céus, para decidir se um ser humano comum merecia ter sua vida prolongada em nome do amor, o roteiro deixa até o além vida mais humano.
Outro ponto interessante é a escolha de desenvolver a vida terrena em cores e a existência celeste em preto e branco. Inclusive essa foi a deixa para o alívio cômico do filme, o Condutor 71, ainda fazer um merchandising: logo que desce à Terra em busca de Peter ele diz que "gostaria que no Céu também existisse Technicolor".
A cena em que vemos os olhos se fechando do ponto de vista de dentro das pálpebras é algo bem interessante, com um pézinho no surrealismo.E ainda temos uma produção suntuosa se pensarmos que a escada que leva aos céus foi realmente construída, tendo 106 degraus, cada um com 6 metros de largura.
Por todos esses pontos onde se diferencia, acredito que Neste Mundo e No Outro merece estar entre os "1001 filmes para ver antes de morrer".
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