Meu Pai

título original: The Father
gênero: Drama
duração: 1h 37 min
ano de lançamento: 2020
estúdio: Trademark Films
direção: Florian Zeller
roteiro: Florian Zeller, Christopher Hampton
fotografia: Ben Smithard
direção de arte: Peter Francis


Anthony, um homem de 80 anos que mora em Londres, precisa lidar com a insistência de sua filha em colocar enfermeiras em sua casa. Quando ela decide mudar para Paris ele precisará lidar com as mudanças em sua vida.

Meu Pai está concorrendo em várias categorias no Oscar de 2021. Este é o segundo da categoria Melhor Filme que vejo, então prefiro ainda não opinar, mas existem outras categorias que gostaria de me aprofundar.

Melhor Ator e Melhor Atriz Coadjuvante: que Anthony Hopkins e Olivia Colman são bons no que fazem já sabemos, ainda assim é necessário dar o devido valor ao que fazem nessa produção. A verdade que passam, não só em relação a seus sentimentos mas também no laço entre eles, é muito crível. Hopkins mostra, apenas no olhar, o afastamento da realidade, o esquecimento e o sentimento de desconexão.

Melhor Montagem: taí uma categoria que nunca imaginei comentar, mas ela foi essencial para que o roteiro funcionasse tão bem. Abordar alguém com demência ou Alzheimer não é algo novo no cinema, mas o fazer do ponto de vista do doente com certeza é. E a montagem foi muito importante para que fosse possível fazer com que quem assiste sinta exatamente o que o protagonista está vivendo.

Meu Pai traz esse olhar diferente sobre um assunto tão delicado sem perder seu lado emotivo e dolorido, mas sem cair no clichê. Até o momento está entre meus favoritos dessa seleção do Oscar.


CLASSIFICAÇÃO: ÓTIMO


Pôster e Ficha Técnica: IMDb