gênero: Suspense, Drama
duração: 1h 48 min
ano de lançamento: 1997
estúdio: Filmfonds Wien
direção: Michael Haneke
roteiro: Michael Haneke
fotografia: Jürgen Jürges
direção de arte: Christoph Kanter
Uma família bem sucedida parte de férias para sua casa de veraneio na beira de um lago. Lá chegando, a esposa deixa entrar um rapaz muito bem arrumado que pede ovos emprestados em nome dos vizinhos. Porém, ele e um amigo não sairão de lá tão cedo.
Se Violência Gratuita não estivesse no "1001 filmes para ver antes de morrer" eu começaria a questionar as escolhas feitas nessa edição. E isso gera um conflito enorme dentro de mim, pois é um dos filmes mais perturbadores que já vi na minha vida (só para pontuar, tomei um chá de camomila, maracujá e cidreira depois de assistir para conseguir dormir).
O diretor e roteirista Michael Haneke claramente busca levar seu espectador ao limite e a tirar todas as suas esperanças através de uma ausência completa de justificativa para a violência gratuita que vemos durante todo o filme.
O mais curioso é que essa violência não é explícita, não vemos closes de corpos dilacerados ou de cabeças explodindo, por exemplo, mas sentimos o tempo todo - quase que na pele - o terror psicológico imputado pelo roteiro.
Violência Gratuita é feito para chocar e deixar quem assiste completamente perturbado com a falta de expectativa em ver um final feliz. [SPOILER/] E se você ainda cultivava um fio de esperança ele faz questão de tirar matando de primeira a criança ou fazendo um dos captores "voltar" o filme quando a esposa consegue matar seu parceiro [\SPOILER].
Para ajudar ainda temos um trabalho excepcional de atuação feitos por Arno Frisch e Frank Giering. E a transformação dos personagens de Susanne Lothar e Ulrich Mühe também é impressionante.
Me deixa um pouco incomodada em classificar um filme como Violência Gratuita como ótimo, porque ele terrível emocionalmente, mas seus objetivos foram alcançados com sucesso.
CLASSIFICAÇÃO: ÓTIMO
Pôster e Ficha Técnica: IMDb
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