gênero: Drama, Biografia
duração: 1h 50 min
ano de lançamento: 2006
estúdio: Quimera Produções
direção: Helvecio Ratton
roteiro: Dani Patarra, Helvecio Ratton
fotografia: Lauro Escorel
Final dos anos 1960, São Paulo. Formando um grupo de resistência a ditadura militar, um grupo de freis dominicanos passa a apoiar o grupo Ação Libertadora Nacional, liderada por Carlos Mariguella. Com isso, a polícia passa a monitorá-los e, após serem presos, são torturados.
Batismo de Sangue trabalha um tema já muito abordado no cinema nacional - a ditadura e suas consequências. Porém traz um novo viés muito pouco falado: o apoio da igreja católica no combate, principalmente da linha dominicana que foi muito ativa na resistência.
Essa abordagem é bem interessante porque mostra uma linha além da dicotomia direita e esquerda, militares e comunistas, trabalha com aqueles que eram adeptos da Teologia da Libertação.
Frei Betto, autor do livro no qual o roteiro se baseou, talvez seja o mais conhecido dos personagens, mas o foco da história fica em Frei Tito, que foi mais afetado pelas consequências da tortura. E acredito que esse seja um foco interessante de se observar no enredo: como cada um dos personagens lida com o que passou, como e até que ponto aquilo os afeta.
A fotografia de Batismo de Sangue é linda, sabe explorar muito bem nosso ambiente. Porém, tem um ponto que me incomodou um pouco: as atuações.
E isso me incomoda principalmente por se tratar de atores que gosto e respeito o trabalho, mas de modo geral - principalmente no início do filme, depois melhora - senti as atuações um tanto romantizadas demais, além do sotaque de Caio Blat aparecer e sumir constantemente.
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