A Via Láctea

título original: A Via Láctea
gênero: Drama
duração: 1h 28 min
ano de lançamento: 2007
estúdio: Girafa Filmes
direção: Lina Chamie
roteiro: Aleksei Abib, Lina Chamie
fotografia: Katia Coelho


O casal Heitor e Júlia tem uma briga feia pelo telefone. Ele então decide pegar o carro e ir até ela para resolver a situação, no meio do engarrafamento de São Paulo ele começa a pensar sobre o amor e a perda.

A Via Láctea conseguiu me surpreender, primeiro de forma ruim, depois boa. Não saberei explicar essa sensação sem narrar como foi minha experiência de assistir a esse filme.

A história começa com a música do Tom e Jerry, o que não se encaixa de forma alguma ao que estou vendo. Depois a briga surge e em seguida, temos uma sequência interminável do Marco Ricca dentro do carro, no trânsito de São Paulo. Esse ponto ainda piora - ou melhora e depois vocês vão entender porque - para quem mora na cidade e observa que ele fica rodando no caminho de ida e volta da Avenida Paulista e da av. Dr. Arnaldo, sem construir um trajeto real. Tudo isso é intercalado por diálogos complexos e recitações de poesias.

Eu, particularmente, acabei rindo bastante porque assisti a esse filme com minha mãe junto, que odeia filmes sem uma história linear, e ela estava furiosa.

Mas em determinado momento alguns pontos se amarram: houve um atropelamento que é a causa do congestionamento e, conforme a história anda entendemos o que aconteceu e isso explica perfeitamente o porquê o protagonista estava andando em círculos. 

Porém, ainda que a música do Tom e Jerry também ganhe significado, ela é colocada em lugares bem estranhos do filme - o que pode causar um estranhamento.

Sem o final que a trama teve, talvez A Via Láctea seria só mais um filme experimental pseudocult. Com a conclusão do filme recebemos de mão cheia uma obra poética, imersiva e tocante.


CLASSIFICAÇÃO: BOM


Pôster e Ficha Técnica: IMDb