gênero: Comédia, Musical
duração: 1h 44 min
ano de lançamento: 1931
estúdio: Films Sonores Tobis
direção: René Clair
roteiro: René Clair
fotografia: Georges Périnal
Louis e Emile são dois presidiários que tentam fugir da cadeia. Enquanto Emile é capturado, Louis e consegue e acaba montando um império industrial. Quando Emile é solto encontra seu companheiro na fábrica e vai pedir ajuda para conquistar uma moça, mas esse está preocupado em descobrirem que é um fugitivo.
A Nós a Liberdade me parece estar em lugar muito peculiar entre o cinema mudo e o início do cinema falado - o que dá a ele o benefício da fala, porém ainda carrega muitos traços gestuais e de expressão do cinema mudo.
A princípio o roteiro pode parecer até criticar a sociedade industrial, já que algumas cenas que se passam dentro da indústria parecem repetir o que vemos dentro da cadeia, logo no começo do filme. Porém, segundo o "1001 filmes para ver antes de morrer", o diretor René Clair exalta esse formato de sociedade e sua automação.
Isso fica claro na sequência final quando [SPOILER/] todos os funcionários são substituídos por robôs e eles aparecem felizes pescando [\SPOILER]. Hoje, sabemos que as coisas não funcionam muito bem por aí, mas é interessante ver esse olhar idealista sobre o assunto.
O enredo traz algumas cenas musicais bem agradáveis e o humor e leve e pautado bastante na comédia de situação e com cenas que lembram o estilo de Charles Chaplin. Falando nele, as cenas na fábrica lembram bastante "Tempos Modernos", mas fiquei surpresa ao ver que A Nós a Liberdade é mais antigo e, inclusive, Chaplin foi processado pela produtora deste filme por plágio.
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