gênero: Terror
duração: 1h 36min
ano de lançamento: 1968
estúdio: Image Ten
direção: George A. Romero
roteiro: George A. Romero, John A. Russo
fotografia: George A. Romero
Dois irmãos chegam à cidade onde seu pai está enterrado para visitar o túmulo. Porém, são atacados por um zumbi. Barbra busca um lugar para se proteger e encontra uma casa onde há um grupo de sobreviventes. Enquanto isso, a casa começa a ser cercada por mais zumbis.
A Noite dos Mortos-Vivos foi responsável por definir um novo estilo para o gênero do terror que viria dali em diante, se só isso não é argumento para você achar justo seu lugar entre os "1001 filmes para ver antes de morrer" continue lendo.
Do jeito que o filme começa poderia descambar facilmente para uma comédia ou um filme de terror tão tosco que mais faria rir do que assustar. Porém, os roteiristas souberam construir a trama de uma forma que, se hoje em dia talvez não assuste tanto mais, mantém o espectador em suspende do início ao fim.
E isso acontece graças ao formato da narrativa. Parece que começamos ver o filme com a história já em andamento, nada é explicado, os fatos só vão acontecendo e vamos compreendendo o que está acontecendo junto aos personagens com as transmissões de rádio e TV.
Além disso, os personagens - ainda que só saibamos seus nomes - deixam claro, por suas atitudes, muito da personalidade de cada um. Também temos, ainda que de forma sublimar, questões muito vivas à época sendo questionadas: estruturas familiares, desobediência civil e racismo, por exemplo.
Falando nisso, fico feliz em ver que o precursor de todos os filmes de terror que vi na adolescência fez algo diferente deles: o personagem negro não só é protagonista como não é o primeiro a morrer como é costume.
Dentro de seu estilo quase documental, George A. Romero não oferece conforto ou segurança em nenhum momento de seu filme [SPOILER/] e destrói qualquer esperança que você tenha com a cena final [\SPOILER].
Vale muito ser visto, A Noite dos Mortos-Vivos é um clássico do cinema que soube envelhecer.
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