título original: Tôkyô monogatari
gênero: Drama
duração: 2h 16 min
ano de lançamento: 1953
estúdio: Shochiku
direção: Yasujirô Ozu
roteiro: Kôgo Noda, Yasujirô Ozu
fotografia: Yûharu Atsuta
direção de arte: Tatsuo Hamada
Um casal de idosos viaja a Tóquio para visitar seus filhos, porém, muito ocupados, eles não dão a devida atenção a eles.
Um filme japonês, de 1953, que está entre os "1001 filmes para ver antes de morrer". Quais eram as chances de eu gostar? Para quem conhece bem meus gostos sabe que BEM baixas, mas me surpreendi.
Ainda que um filme calmo e com mais de 2 horas de duração, Era Uma Vez Em Tóquio flui muito bem. O que é impressionante se vermos que o roteiro foca bastante em fazer um retrato não sentimental e tranquilo da resignação dos pais perante a atitude dos filhos.
De forma contida e muito natural, tanto nas atuações quanto nas falas, esse filme parece não ter sido ensaiado muito menos escrito, mas sim, sente-se como se apenas acontecesse.
É impressionante como Yasujirô Ozu consegue prender nossa atenção tempo uma trama tão pacata, discreta. Acredito que isso seja possível por causa de sua visão contemplativa sobre os costumes e comportamentos.
Tudo o que vemos são atitudes banais do dia a dia, mas em cada detalhe está descrito as grandes mudanças que ocorrerão no Japão e em seu povo no pós-guerra. Isso fica bem claro quando a mãe comenta, impressionada, como chegou rápido, afinal no dia anterior estava em sua cidade e no seguinte em Tóquio.
Por fim, acredito que essa análise que Era Uma Vez Em Tóquio nos traz pode ficar ainda mais intensa quando pensamos o quanto o povo japonês tem uma cultura de respeito aos ancestrais e subordinação aos mais velhos e vemos isso sendo abandonado em nome do progresso e da modernidade.
Um filme para contemplar os, belos, quadros estáticos e as mensagens não ditas mas expressas nos pequenos gestos. Como dito por um dos personagens: "Ninguém pode servir seus pais na sepultura".
CLASSIFICAÇÃO: BOM
Poster e Ficha Técnica: IMDb
gênero: Drama
duração: 2h 16 min
ano de lançamento: 1953
estúdio: Shochiku
direção: Yasujirô Ozu
roteiro: Kôgo Noda, Yasujirô Ozu
fotografia: Yûharu Atsuta
direção de arte: Tatsuo Hamada
Um casal de idosos viaja a Tóquio para visitar seus filhos, porém, muito ocupados, eles não dão a devida atenção a eles.
Um filme japonês, de 1953, que está entre os "1001 filmes para ver antes de morrer". Quais eram as chances de eu gostar? Para quem conhece bem meus gostos sabe que BEM baixas, mas me surpreendi.
Ainda que um filme calmo e com mais de 2 horas de duração, Era Uma Vez Em Tóquio flui muito bem. O que é impressionante se vermos que o roteiro foca bastante em fazer um retrato não sentimental e tranquilo da resignação dos pais perante a atitude dos filhos.
De forma contida e muito natural, tanto nas atuações quanto nas falas, esse filme parece não ter sido ensaiado muito menos escrito, mas sim, sente-se como se apenas acontecesse.
É impressionante como Yasujirô Ozu consegue prender nossa atenção tempo uma trama tão pacata, discreta. Acredito que isso seja possível por causa de sua visão contemplativa sobre os costumes e comportamentos.
Tudo o que vemos são atitudes banais do dia a dia, mas em cada detalhe está descrito as grandes mudanças que ocorrerão no Japão e em seu povo no pós-guerra. Isso fica bem claro quando a mãe comenta, impressionada, como chegou rápido, afinal no dia anterior estava em sua cidade e no seguinte em Tóquio.
Por fim, acredito que essa análise que Era Uma Vez Em Tóquio nos traz pode ficar ainda mais intensa quando pensamos o quanto o povo japonês tem uma cultura de respeito aos ancestrais e subordinação aos mais velhos e vemos isso sendo abandonado em nome do progresso e da modernidade.
Um filme para contemplar os, belos, quadros estáticos e as mensagens não ditas mas expressas nos pequenos gestos. Como dito por um dos personagens: "Ninguém pode servir seus pais na sepultura".
CLASSIFICAÇÃO: BOM
Poster e Ficha Técnica: IMDb
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