gênero: Drama, Policial
duração: 1h 16 min
ano de lançamento: 1959
estúdio: Compagnie Cinématographique de France
direção: Robert Bresson
roteiro: Robert Bresson
fotografia: Léonce-Henri Burel
direção de arte: Pierre Charbonnier
Michel é um homem amargurado e sem perspectivas de vida que passa a viver de pequenos furtos como batedor de carteiras.
Em O Batedor de Carteiras a tensão do roteiro é construída através do que não ocorre em cena, em vez do que pelo que ocorre.
A forma como Robert Bresson utiliza o foco da câmera e os sons tem a intenção de construir a história e expressar a vida de seus personagens, sua inferioridade, de forma fria a ao mesmo tempo indescritível.
O diretor também escolhe muitas vezes utilizar de não atores e os orienta a não exagerar na teatralidade ou que apenas "se movam" pelo filme - este último sendo o que mais senti ao ver a atuação de Martin LaSalle que me parecia mais um boneco andando pela cena que a cada fala olhava para o chão parecendo fugir de algo.
Bresson também escolhe utilizar trilha sonora apenas em momentos cruciais do filme, para expressar o que não é possível verbalmente. Em O Batedor De Carteiras há apenas uma cena em que existe música.
Esses dois fatores que listei nos últimos dois parágrafos fazem com que o filme construa o estilo diferenciado do diretor e sua conceituada "literatura" estilística. Mas também fazem com que um file com uma duração tão curta fique extremamente arrastado e cansativo.
Entendo a importância do diretor e de sua obra para a história do cinema e seu lugar entre os "1001 filmes para ver antes de morrer". Porém não é uma experiência fácil ou agradável.
CLASSIFICAÇÃO: REGULAR
Poster e Ficha Técnica: IMDb
Comentários
Postar um comentário