gênero: Drama
duração: 1h 37 min
ano de lançamento: 1968
estúdio: Cuban State Film
direção: Tomás Gutiérrez Alea
roteiro: Edmundo Desnoes, Tomás Gutiérrez Alea
fotografia: Ramón F. Suárez
direção de arte: Julio Matilla
Sergio, um ex-homem de negócios rico, decide ficar em Havana após a revolução de Fidel Castro, mesmo seus pais e sua ex-mulher indo começar uma nova vida em Miami. Ainda assim ele fica em busca de encontrar-se por inteiro.
Um grande diferencial de Memórias do Subdesenvolvimento é a forma como faz um misto entre ficção e documentário durante o desenvolver do enredo. Acredito que, de cara, isso já pega o espectador. Que tipo de leitura é essa de um momento histórico de um país?
O mais impressionante é que, ainda assim, ele consegue ser o mais próximo possível que dá de um roteiro imparcial. Ao levantar pontos a favor e contra dentro da narrativa de forma sutil e fazendo de forma equilibrada entre ficção e documental, esse relato pode ser uma boa forma de ver de dentro o que aconteceu. Debates sobre o marxismo intercalados com inconsistências dos primeiros dias do governo de Fidel Castro fazem contraste com imagens de uma vida comum que era vivida ainda naquela época.
Da mesma forma fatos da vida do protagonista, como um quase casamento forçado após uma acusação de estupro, levantam pontos sobre a liberdade individual dentro de uma ditadura.
Não é um filme fácil, pode ser arrastado e muito filosófico em alguns momentos, mas de qualquer forma deixa claro sua importância para a história e o cinema e, por isso, merece estar entre os "1001 filmes para ver antes de morrer".
CLASSIFICAÇÃO: BOM
Poster e Ficha Técnica: IMDb
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