gênero: Suspense
duração: 1h 41 min
ano de lançamento: 1951
estúdio: Warner Bros.
direção: Alfred Hitchcock
roteiro: Raymond Chandler, Czenzi Ormonde, Whitfield Cook, Patricia Highsmith, Ben Hecht
fotografia: Robert Burks
O tenista Guy encontra em um trem Bruno, um homem rico e excêntrico. Durante a conversa Bruno revela saber que Guy vive um casamento infeliz com Miriam e a trai com Anne, filha de um senador; também comenta o quanto não gosta do pai. Bruno conta sobre sua teoria de "troca de assassinatos" que dariam a cada um um álibi. Ao chegarem ao seu destino se despedem e, erroneamente, Bruno entende que foi feito um pacto. Após matar Miriam, ele passa a cobrar que Guy mate seu pai e cumpre sua parte no acordo.
O começo do filme pode soar como uma comédia um tanto quanto sinistra, o diálogo entre os dois personagens no trem não poderia ser mais bizarra. Porém, conforme Hitchcock vai se divertindo colocando seu protagonista cada vez mais em apuros, o suspense e o horror vão se instaurando.
O jogo de chantagem que Bruno faz com Guy pode, inclusive, receber um bom paralelo com uma partida de tênis.
A trama trabalha muito bem com temas como loucura, chantagem e culpa. Como cada um desses elementos afeta as pessoas e quais seus efeitos.
A relação construída entre Farley Granger e Robert Walker é muito interessante, beirando desejos homossexuais reprimidos, juntos eles formam uma dupla excelente para a condução do filme de melhor forma possível.
Por fim, Alfred Hitchcock teve em suas mãos a história perfeita para seu estilo e soube como conduzi-la da melhor forma - ainda mais utilizando do estilo film noir que cabe como uma luva aqui. Merecidíssimo esse thriller estar entre os "1001 filmes para ver antes de morrer".
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