título original: Nymphomaniac -Vol. I
gênero: Drama
duração: 117 min
ano de lançamento: 2013
estúdio: Zentropa Entertainments
direção: Lars von Trier
roteiro: Lars von Trier
fotografia: Manuel Alberto Claro
direção de arte: Simone Grau
gênero: Drama
duração: 123 min
ano de lançamento: 2013
estúdio: Zentropa Entertainments
direção: Lars von Trier
roteiro: Lars von Trier
fotografia: Manuel Alberto Claro
direção de arte: Alexander Scherer
Apesar de se tratar de dois filmes, ele foi construído na intenção de ser apenas um. Para ficar viável comercialmente foi dividido. Portanto, acredito que faça mais sentido comentar juntos do que separados.
Joe está muito machucada e quase inconsciente quando é encontrada por Seligman em um beco. Ele a leva para sua casa para cuidar de seus machucados e tentar ajudá-la a resolver o que a deixou daquela maneira. Ela então passa a contar sua vida desde o começo para que ele entenda o final. Joe então descreve detalhadamente toda sua trajetória por um caminho de luxúria e ninfomania.
Não tenho uma relação muito boa com os filmes de Lars von Trier, tirando "Dogville" que amo, mas ele tem essa capacidade de sempre me deixar curiosa sobre o próximo filme que está por vir. Não foi diferente com Ninfomaníaca. Mesmo sabendo que provavelmente não iria gostar resolvi assistir.
O estilo de filmagem e direção de seus filmes tem sempre um pezinho nos filmes independentes e isso dá um ar muito interessante ainda mais que ele costuma mesclar com cenas mais desenvolvidas.
Achei estranho como Joe passa da atriz Stacy Martin para Charlotte Gainsbourg muito antes de Shia LaBeouf virar Michael Pas, sendo que Jêrome me parecia mais velho que Joe na trama.
De cara a história não estava me agradando, o paralelo que vinha sendo feito entre ninfomania e pesca era demais para minha cabeça, um raciocínio que me parecia muito forçado e que me passava a impressão de querer forçar uma visão intelectual em algo que não era compatível.
Além disso, fui preparada para ver um filme praticamente pornográfico pelo que tinha ouvido falar das cenas de sexo e acabei me surpreendendo - não que sejam cenas leves, mas achei que veria coisas mais pesadas do que aconteceram.
Levando isso em conta, quase ao final do filme já estava percebendo que terminaria com a mesma sensação de "perdi meu tempo" que costumo ter com os filmes dele, mas aí veio o final e esse me fez amar o todo. O discurso feminista da personagem principal vale todas as horas do filme, algo que podia estar implícito desde o começo mas realmente só vem a tona na última cena.
[SPOILER/] Seligman, que até ali parecia ser um homem assexuado, ao perceber que Joe "dava pra todo mundo" resolve tentar algo, mas ela não quer e o mata - pouco antes ela discursa como um homem com o mesmo comportamento que ela seria considerado um cara normal enquanto ela é considerada doente. [\SPOILER]
CLASSIFICAÇÃO: BOM
Poster e Ficha Técnica: IMDb e IMDb
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